8 de março, um dia que relembra todas as mulheres o quanto ainda temos de lutar para que sejamos simplesmente mulheres. Não apenas mães, não apenas força de trabalho, não apenas amigas, não apenas amantes - apenas… mulheres.

Juntámo-nos a uma multidão que gritou: “Porque não posso escolher o que fazer com o meu corpo?”; “Porque tenho de ser vítima de uma guerra criada pelos homens?”; “Porque tenho de receber menos do que um homem que faz o mesmo trabalho que eu?”; “Porque não posso andar livremente na rua sem ser assediada?”.

A poderosa palavra “Feminismo” significa a luta pela igualdade. E se assim é, então porque é vista com negatividade? O movimento feminista começou em 1870 com o apelo ao direito ao voto das mulheres. Esta luta durou 50 anos. Meio século para que as mulheres pudessem votar. Ainda hoje se celebram as famosas vitórias de guerra criadas pelos homens. Mas parece que esta luta e conquista feminina foi subtilmente apagada pelo tempo, sendo a palavra “feminista” convenientemente dotada de negatividade por quem não gosta de reconhecer a igualdade no mundo.

E sim, neste dia 8 de março as mulheres Josefinas fizeram greve e juntaram-se aos milhares de mulheres no mundo que partilham esta missão. Neste dia levámos rosas para Washington Square, em Nova Iorque, onde marchámos ao lado de tantas outras mulheres. As rosas são as nossas flores, que tanto dizem sobre nós. Afinal, em Portugal aconteceu uma revolução com flores apenas. Quem mais no mundo se pode congratular por tal feito?! Este é o nosso símbolo, este é o símbolo da nossa – que também é sua – revolução! 

Sonhamos que cada mulher seja livre de atingir o seu melhor e que a sua história não seja nunca mais apagada! A história perpetua a figura da mulher, reduzindo-a a dois papéis apenas: santas e prostitutas. Basta - a história da mulher vai além disto.

O feminismo é um caminho e devemos todas caminhar juntas. Porquê falar mal quando podemos dizer bem? Porquê por alguém para baixo, quando podemos fazer o oposto? Porquê não ajudar, quando não custa nada fazê-lo? As mulheres unidas jamais serão vencidas. Deve ser por isso que é perigoso deixar-nos unidas, deixar-nos a pensar que podemos vencer uma guerra, cujo único propósito é a busca da igualdade.

Dia 8 de março foi um dos 364 dias do ano em que lutamos por um mundo onde a igualdade esteja presente, onde nunca mais tenhamos que fazer greve para se lembrarem que uma mulher pode ser o que desejar. O caminho pode ser longo, mas nunca desistiremos até lá chegarmos!

A si, mulher Josefina, deixamos a mensagem: junte-se a este círculo feminino. Deste círculo todas fazem parte.