22 May 2018
20 mulheres fotógrafas que deve conhecer
Nunca se viram tantas imagens como nos dias de hoje, nunca nada foi tão documentado e partilhado como as fotografias que todos tiramos e que nos emocionam. Porque será que uma fotografia nos pode fazer chorar, rir, viajar, ou até mudar de vida? Uma imagem vale mesmo mais do que

Nunca se viram tantas imagens como nos dias de hoje, nunca nada foi tão documentado e partilhado como as fotografias que todos tiramos e que nos emocionam. Porque será que uma fotografia nos pode fazer chorar, rir, viajar, ou até mudar de vida? Uma imagem vale mesmo mais do que mil palavras e estas mulheres fotógrafas dedicaram, e dedicam, toda uma vida àquilo que nos faz vibrar mais – uma imagem. Afinal uma imagem já mudou vidas, já derrubou governos, já mudou consciências, e quando temos histórias de mulheres fotógrafas que nem um colchão têm na sua casa porque a sua vida é dedicada a perseguir momentos imortalizados pelas suas fotografias, pensamos para nós – esta é a imagem de grandes mulheres!

1. Ruth Orkin

A fotógrafa Ruth Orkin captou uma das imagens mais marcantes, e com a qual, ainda hoje, qualquer mulher se pode identificar. Esta imagem relembra-nos o que era ser uma mulher sozinha na Europa no pós segunda guerra mundial. Esta fotografia captada em 1951 mostra a amiga de Ruth, Ninalee Craig, a passear numa rua de Florença, onde homens estranhos notavam e faziam notar a sua presença. A filha de Ruth, Mary Engel, afirma que apesar de esta imagem não ter sido encenada, o seu objetivo era de mostrar uma mulher a explorar o mundo sozinha. Ruth Orkin trabalhou para o New York Times, e foi co-realizadora de um filme nomeado para os Óscares. Antes do seu falecimento, em 1985, o Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque fez uma exibição do seu trabalho.

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2. Nan Goldin

As fotografias de Nan Goldin são tudo menos insignificantes. Considerada a fotógrafa mais influente dos últimos 50 anos, a emoção nua que esta fotógrafa transporta para as suas fotografias é extremamente realista. Nascida em Washington e tendo exposto o seu primeiro trabalho num clube noturno em Nova Iorque em 1979, Nan Goldin marca as suas imagens com sexualidade, transgressão e abuso de drogas, especialmente na década de 80. Em 2004, a sua série “Sisters, Saints & Sybils” observa o suicídio da sua irmã Barbara com 18 anos de idade. Nan Goldin é a deusa das memórias cruas, congeladas no tempo.

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3. Annie Leibovitz

Todos conhecem Annie Leibovitz e o seu trabalho no mundo das celebridades. Annie nasceu em 1949 no Connecticut e o seu primeiro trabalho famoso foi feito em 1970 para a revista Rolling Stone, onde fotografou John Lennon, sendo dois anos depois nomeada para chefe de fotografia da mesma revista. Assim, a sua carreira tomou um rumo de sucesso até aos dias de hoje. Em 1980, voltou a fotografar John, desta vez com a sua mulher Yoko Ono, e à primeira polaróide imortalizou uma das mais famosas fotografias do casal. Em 1983 começou a trabalhar na Vanity Affair, onde fotografou inúmeras celebridades entre as quais Barack Obama. Annie Leibovitz foi a primeira mulher a ser exibida no Smithsonian National Portrait Gallery em Washington, D.C.

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4. Helen Levitt

Até à sua morte em 2009, Helen Levitt fotografou as ruas de Nova Iorque e as cenas de rua que caracterizam a sua fotografia. Sendo uma das fotógrafas menos aclamadas da sua época, Helen tem um trabalho memorável, como se pode ver na imagem que retratou primeiro a preto e branco e posteriormente a cores, da vida de rua em Nova Iorque.

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5. Shirin Neshat

Nascida em 1958 no Irão, Shirin Neshat é conhecida pelas ideias de feminilidade do seu país. O seu trabalho tem como ponto fulcral: a diferença na dualidade entre o Irão e o mundo ocidental, entre o feminino e o masculino, antiguidade e modernidade, o preto e o branco. O seu trabalho tem em vista as dimensões político-sociais e psicológicas das experiências das mulheres nas sociedades islâmicas atuais onde reconhece as forças religiosas que moldam as identidades muçulmanas das mulheres pelo mundo. Pode ver a sua TED talk aqui: https://www.ted.com/talks/shirin_neshat_art_in_exile

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6. Lalla Essaydi

Nascida em Marrocos em 1956, a fotógrafa Lalla Essaydi cria fotografias ensaiadas de mulheres árabes, investigando o formato do poder e da manifestação de género na maneira como os seus sujeitos posam com os seus corpos em espaço negativo. Muitas das suas fotografias envolvem textos, mais especificamente caligrafia árabe, algo que é tradicionalmente executado por homens em Marrocos. O seu trabalho é autobiográfico, tendo enfoque nas suas experiências enquanto crescia em Marrocos e como mulher a viver na Arábia Saudita, porém, o mesmo vai para além destas experiências, sendo também ligado à sua realidade ocidental.

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7. Sally Mann

Nascida em 1964 na Virgínia, Sally Mann é uma das fotógrafas contemporâneas mais controversas, especialmente devido à sua série “At Twelve: Portraits of Young Women” onde capta a adolescência da vida de meninas que exibe como um período de busca pela independência e pela mudança. Sally caracteriza o seu trabalho pela distância que existe entre adultos e crianças e retrata-o com uma câmara pelo meio.

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8. Tina Modotti

De nome Assunta Adelaide Luigia Modotti Mondini, a fotógrafa mais conhecida como Tina, nasceu em Itália em 1896 e emigrou para os EUA com 16 anos. Tina foi atriz, ativista política e artista antes, durante e depois do seu casamento com o fotógrafo Edward Weston. Tina criou um rol de fotografias incríveis, especialmente as feitas no México antes da sua morte em 1942. Tina Modotti fotografou e fez parte da corrente de murais mexicanos liderada por Diogo Rivera, e no seu túmulo Pablo de Neruda escreveu: Pure your gentle name, pure your fragile life, bees, shadows, fire, snow, silence and foam, combined with steel and wire and pollen to make up your firm and delicate being.

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9. Dorothea Lange

A sua famosa fotografia de nome "Migrant Mother" captada durante a grande depressão deu-lhe a fama, porém, a grande depressão também acabou com o seu negócio de fotografia. Em 1931 Dorothea Lange teve de enviar os seus filhos para um colégio interno, viver separada do seu marido e abandonar a sua casa enquanto ambos trabalhavam em estúdios distintos. Dorothea começou a fotografar os efeitos que a grande depressão de 1930 tinha nas pessoas e acabou por exibir o seu trabalho com a ajuda dos fotógrafos Willard Van Dyke e Roger Sturtevant. Uma das suas outras fotografias mais famosas desta época é a "White Angel Breadline". Numa entrevista, Dorothea falou sobre a sua fotografia “Migrant Mother” e disse: “Nós apenas sobrevivíamos. Não lhe perguntei o nome ou a sua história. Ela disse-me a sua idade, tinha 32 anos. Ela disse-me que ela e os seus filhos tinham estado a viver de vegetais congelados dos campos ao redor, e dos pássaros que os seus filhos matavam. Tinha vendido os pneus do seu carro para comprar comida.”

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10. Anna Atkins

Anna Atkins, que faleceu em 1871 com 72 anos, é aclamada como a primeira mulher fotógrafa. Anna também é reconhecida como a primeira mulher que publicou o primeiro livro ilustrado com fotografias, em vez das mais comuns ilustrações feitas na altura. Anna veio do mundo científico da botânica, seguindo os passos do seu pai. Anna e o seu pai eram muito amigos de William Henry Fox Talbot, o inventor da primeira forma de fotografia, e suspeita-se que foi de onde derivou o seu interesse pela arte. O seu livro "Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions" ganhou rapidamente a aprovação dos seus pares, e ao consegui-lo estabeleceu a fotografia como um meio aceite pela comunidade científica.

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11. Barbara Kruger

Barbara Kruger é conhecida como a fotógrafa feminista. O seu trabalho combina imagens fotográficas com outros materiais e palavras, que criam declarações sobre política, feminismo e outros temas sociais. No seu trabalho, Bárbara usa impressões fotográficas, metais, tecidos, revistas e outros materiais que criam imagens, colagens e outras formas de arte. Barbara nasceu em 1945 em New Jersey, e o seu trabalho conceptual é marcado pelos seus valores sociais e pelo enquadramento vermelho, ou linha, à volta das suas imagens, bem como o texto que inclui nessa banda vermelha. A sua imagem sem título que menciona “Your body is a battleground” foi criada para a Women's March em Washington, em suporte à liberdade reprodutiva.

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Outras fotógrafas atuais que deve seguir

12. Meridith Kohut

Atualmente contribuidora habitual do The New York Times, Meridith Kohut é oriunda da Venezuela. O seu trabalho retrata maioritariamente a crise económica e social deste país, e a sua coragem levaram-na a situações de risco, enquanto captava grandes fotografias. A reportagem que fez sobre as condições dos hospitais de doença mental na Venezuela é deveras chocante, mas sem dúvida uma história que deve ser contada.

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13. Meeri Koutaniemi

Meeri Koutaniemi, oriunda da Finlândia, ganhou, entre outros, o prémio Lumix Photo Festival da Alemanha em 2014. O seu trabalho foi sobre a mutilação genital feminina. A sua abordagem, apesar de direta, era repleta de respeito e integridade.

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14. Mahin Mohammadzadeh 

Mahin Mohammadzadeh, oriunda do Irão, lutou muito para se tornar uma fotógrafa, sendo a única mulher fotógrafa na província de Sistan. É uma mulher cheia de determinação, essencial quando se vive numa das províncias mais pobres do país. Mahin fotografa as vidas de uma parte do país que raramente se tem oportunidade de testemunhar. O seu trabalho é honesto e, acima de tudo, real.

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15. Charlotte Schmitz

Charlotte Schmitz nasceu na Alemanha mas vive atualmente na Turquia. O seu trabalho é baseado numa mulher contemporânea e nos assuntos que afetam essa mulher. A sua perspetiva é sempre pessoal, numa fotografia documental.

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16. Justyna Mielnikiewicz

Justyna Mielnikiewicz, nascida na Polónia e atualmente baseada na Geórgia, é uma das mulheres fotógrafas mais importantes da sua geração. Justyna Mielnikiewicz explora o tema das experiências humanas onde conta histórias sobre mulheres, sexualidade e género na Rússia. As suas palavras são um espelho do seu trabalho na TED Talk que deu em Tbilisi.

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17. Melissa Spitz

Melissa Spitz, nascida nos EUA, cria imagens fortes, e a sua história fotográfica sobre a sua mãe que sofre de doença mental é arrebatadora. O seu trabalho é cru e belo.

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18. Maja Hitij

Maja Hitij, nascida na Eslovénia e baseada na Alemanha, enquanto trabalhava como estagiária na Associated Press em Israel nem um colchão tinha em casa, e nunca se queixou. Maja documentou a dificuldade que os refugiados Sírios passaram na fronteira da Eslovénia e da Áustria, mas também ajudou a recolher alimentos para os mesmos. Maja Hitij é uma fotojornalista com uma missão: fazer a diferença através da fotografia.

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19. Farzana Wahidy

Oriunda do Afeganistão, Farzana Wahidy capta os momentos mais íntimos da vida quotidiana no Afeganistão, usualmente focando-se em temas relacionados com as mulheres deste país.

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20. Violeta Santos-Moura

Nascida em Portugal, Violeta Santos-Moura mostra um olhar profundo sobre a sociedade Israelita. A sua visão sobre temas controversos bastante comuns é feita com uma nova visão, que permite criar uma nova aura sobre as suas fotografias.

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