Amplamente conhecida como cantora, poeta e ativista, foi em Julho de 1967 que Patti Smith chegou a Nova Iorque, com a sua imaginação fervilhante a implorar por beleza e magia, e determinada a prosseguir o rumo que tinha delineado para si própria – o de artista.
Através de “Apenas Miúdos”, em jeito de livro de memórias, Patti Smith descreve-nos detalhadamente o ambiente hippie-chic que se vivia no meio artístico nova iorquino no final da década de sessenta e no início dos anos setenta.
Sem nunca se dispersar, conta-nos o nascer e o desenrolar da sua carreira juntamente com Robert Mapplethorp, com quem manteve uma relação amorosa, e como os dois se apoiaram mutuamente, não só no desenvolvimento das suas práticas artísticas, mas também na sua luta pela sobrevivência enquanto jovens extremamente pobres.
Fotografia: @books.oddity (via Instagram)
É interessante observar como ela foca, de forma construtiva, não só as semelhanças, mas também as diferenças. Se, por um lado, ela buscava ao máximo inspirar-se nas pessoas que ia conhecendo, por amor à sua arte, ele sofria pelas questões monetárias e procurava constantemente a sua “grande oportunidade”. É também muito comovente perceber o lugar especial que cada um reservou para o outro, mesmo após a separação, que não terá sido fácil para nenhum dos dois.
Com um tom por vezes duro, mas engraçado, “Apenas Miúdos” permite uma leitura ritmada - e embora nos fale do passado, não nos deixa cair na tristeza da nostalgia. Ao invés, este é um relato inspirador, pois permite-nos perceber como, com a dose certa de humildade e muita gratidão pelas coisas simples, podemos ultrapassar as adversidades e construir o nosso caminho para que, a cada dia, fiquemos mais perto de realizar os nossos sonhos.
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