A capa do livro cativou-nos de imediato, graças à representação realista de um coração associado a um subtítulo intrigante. No entanto, “Estou viva, estou viva, estou viva” conquista-nos pela forma como Maggie O’Farrell descreve, na primeira pessoa, dezassete experiências em que foi confrontada com a morte. “Estou viva, estou viva, estou viva” é, na verdade uma celebração da vida e das aprendizagens que vamos fazendo ao longo dos anos.
As dezassete partilhas não são feitas por ordem cronológica, mas a leitura não se torna confusa por causa disso – afinal, é como se estivéssemos a ouvir um desabafo de uma mulher que nos é próxima e que decidiu contar-nos um pedaço importante da sua história.
Fotografia: @boksyster (via Instagram)
Os momentos em que Maggie se deparou com a morte, de uma forma mais ou menos próxima, são relatados com emoção (nem imaginamos como seria possível de outra forma!) e assuntos como a perda de um bebé, o feminismo, a doença, a despedida, e o medo que as mulheres ainda hoje sentem quando caminham sozinhas pelas ruas são apresentados de uma forma muito real e crua – Maggie celebra a vida, mas sabe que o desfecho podia não ter sido tão positivo como foi. Estas experiências mudaram-na enquanto pessoa e enquanto mulher, mas a autora sabe que nem toda a gente tem essa oportunidade.
É muito difícil pousar este livro e, por isso, prepare-se para o ler num par de dias. No Clube de Leitura da Josefinas, destacamos a coragem da autora para partilhar estes momentos mais difíceis e a força que dá a muitas mulheres que estão a passar – ou passaram – por situações semelhantes.
Junte-se a nós e diga-nos o que achou deste livro, utilizando #JosefinasBookClub no Instagram. Boa leitura!