Para ler num fim de semana, não porque seja um livro leve, mas porque não vai conseguir largá-lo. Esta foi a primeira vez que nos debruçamos na escrita de Delia Owens... e não podíamos ter começado melhor. "Lá, Onde o Vento Chora" representa as comunidades mais desfavorecidas e demonstra o quão necessário é, ainda hoje, o feminismo – não podíamos deixar de o sugerir no Clube de Leitura da Josefinas.
A realidade apresentada por Delia Owens é dura, mas o livro merece todos os elogios que tem recebido. A inocência de Kya, abandonada por toda a família, mistura-se com a altivez das famílias ricas da cidade e, de capítulo em capítulo, somos catapultados para grandes lições de humildade. Esta é a história de uma menina que vive num pantanal e luta diariamente pela sua sobrevivência, que aprende a ler graças à bondade de outra criança, que sabe tudo o que há para saber sobre a fauna e a flora do local e que se rege pela luz do sol e da lua. O preconceito que a envolve é óbvio e não é por acaso que, quando um dos homens mais conhecidos da aldeia é encontrado morto, Kya é considerada a principal suspeita.
Fotografia: @tocaaler_pt (via Instagram)
Mesmo que já tenham ouvido elogios a “Lá, Onde o Vento Chora” ou que as expectativas estejam altas, não há espaço para desilusões. Esta é uma história que inclui um romance inocente, uma crítica social, um crime e até alguns factos científicos e que, mesmo assim, funciona. Apesar de proporcionar uma leitura mais lenta no início, graças às descrições mais extensas, este não é, de todo, um livro aborrecido, e a evolução dos acontecimentos mantém-nos atentas e curiosas.
“Lá, Onde o Vento Chora” ganhou vários prémios, tem pontuações altíssimas no Goodreads e nós percebemos bem porquê.
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