16 Mar 2021
A equipa da Josefinas... e os livros que nos marcaram
Acreditamos que a forma como cada obra nos marca também revela algo sobre nós e a nossa personalidade.
A equipa da Josefinas... e os livros que nos marcaram

Neste artigo, partilhamos convosco alguns dos livros, escritos por mulheres, que nos marcaram e que têm, por uma razão ou por outra, um cantinho especial no nosso coração.

 

“As Coisas que os Homens me Explicam” de Rebecca Solnit

Enquanto designer, a Diana acredita que é importante perceber as motivações que levam a sociedade a procurar a mudança e o seu papel atual, enquanto cidadã, no que diz respeito ao alcance de um futuro melhor para todos. Os livros fazem parte do seu dia-a-dia e apoiam-na nessa pesquisa, na sua contribuição para um mundo mais justo e feliz. “As Coisas que os Homens me Explicam” é um deles.

Um conjunto de ensaios extremamente fortes, que nos falam sobre os diferentes tipos de silenciamento e violência a que as mulheres estão sujeitas, muitas vezes facilmente identificáveis no nosso dia-a-dia, mas quase sempre banalizadas e aceites pela sociedade em geral.

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"Esta nem sempre foi uma leitura fácil, pelo teor violento da temática, mas foi muito marcante para mim, pela pertinente (e ainda necessária!) chamada de atenção para a importância do feminismo que a autora define como “um esforço para mudar algo muito antigo, disseminado e profundamente enraizado em muitas culturas". “As Coisas que os Homens me Explicam” ajudou-me a entender a origem de movimentos de denúncia coletiva, tais como o #MeToo. Fez-me perceber que muitas vozes pequeninas fazem uma voz muito grande e que estarmos ao lado dessas mulheres é estar no lado certo da luta por essa mudança.” – Diana, designer.

 

“The Distant Hours” de Kate Morton

A Isabela sempre viu nos livros uma forma de estimular a sua imaginação e a verdade é que, ainda hoje, os livros continuam a inspirá-la. Ainda que não leia tanto quanto gostaria nesta fase da sua vida, os seus livros favoritos continuam a ser os que nos envolvem, que criam jogos mentais, que nos permitem imergir na história. Para esta partilha, escolheu “The Distant Hours” de Kate Morton.

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“Kate Morton tornou-se numa das minhas escritoras preferidas quando estava no Ensino Secundário. Esta autora descreve os ambientes, pintando uma história com detalhe, e consegue explorar as personagens em várias dimensões, dando-lhes vida e transmitindo os seus sentimentos.

“The Distant Hours” foi o livro que mais me marcou e surpreendeu. Explora o conceito da família e de como esta tem vindo a evoluir e a mudar ao longo do tempo, mas, a par disso aborda os segredos e sacrifícios que guardamos e fazemos em prol dos que nos são mais próximos e queridos. Uma excelente escolha para passar o tempo e desligar da realidade do nosso dia-a-dia.” – Isabela, designer.

 

“Memórias de Adriano” de Marguerite Yourcenar

Ainda que essa seja uma conversa comum entre todas nós, a Joana deve ser a pessoa da equipa que mais gosta de saber o que pensamos sobre os livros que estamos a ler. Para si, os livros são um bom vício (e está certíssima!) e olha para eles como preciosos ornamentos da sua vida. “Memórias de Adriano” foi o livro que decidiu partilhar neste artigo.

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Fotografia: @sandrasomeral (via Instagram)

“O universo da literatura é vasto e repleto de magia e há livros que reforçam isso. Este é (mais) um deles.

Ao longo desta longa e apaixonante missiva, Adriano passa o seu testemunho ao futuro imperador Aurélio, refletindo e partilhando as aventuras que viveu e o impacto que o seu legado teve na melhoria da sociedade romana, bem como no progresso relativo à condição dos escravos e das mulheres. Estes temas interessam-me muito e o seu trabalho foi notável e deve ser partilhado. Este é, para mim, um livro inspirador e que transmite leveza e serenidade.” – Joana, responsável de Retail.

 

“A Menina do Mar” de Sophia de Mello Breyner Andresen

A escolha da Francisca leva-nos de volta à infância e valoriza não só a autora, Sophia, conhecida pelos seus contos infantis, mas também a mulher que lhe permitiu descobrir o gosto pela leitura: a sua professora primária. A Francisca sempre gostou de ler e sempre foi apaixonada pelo mundo das letras - e “A Menina do Mar” é prova disso.

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“Os contos infantis de Sophia foram os pioneiros na minha relação com a leitura e "A Menina do Mar" foi o primeiro livro que devorei, com 9 anos, e que recordo com muito carinho. É uma história encantadora, que aborda a força da amizade entre um menino da terra e a Menina do Mar, de dois mundos tão próximos e tão diferentes, e que nos ensina que "amigo é uma palavra muito bonita, é quase a melhor palavra".

A simplicidade das palavras de Sophia e a sua forte relação com o mar e com a natureza prenderam-me, desde cedo, à sua obra. É por isso que, ainda hoje, quando preciso de desconectar e de descontrair, procuro um lugar junto ao mar ou, em casa, um poema de Sophia.” – Francisca, responsável pelo apoio ao cliente.

 

“Comer, Orar, Amar” de Elizabeth Gilbert

Se conhecessem a Carolina e o tempo que ela passa agarrada a um livro, nunca diriam que o seu gosto pela leitura só apareceu depois da faculdade, quando as leituras obrigatórias pararam de surgir e ela pôde descobrir os seus livros favoritos. “Comer, Orar e Amar” foi um livro marcante para si e é a sua recomendação.

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Fotografia: @bib.lio.phile2020 (via Instagram)

“Ainda que eu e a Elizabeth retratada no livro estivéssemos em diferentes fases da vida quando eu li "Comer, Orar, Amar", o seu percurso revelou-se extremamente inspirador e trouxe-me conforto durante uma fase difícil. Este foi um livro que me fez refletir sobre o meu caminho e a pessoa que queria (e quero) ser.

E, curiosamente, quando alguém ao meu redor se debate com os monstros da ansiedade e/ou da depressão (ou com uma situação mais desgastante e delicada) este é um dos livros que recomendo sem hesitar. As perguntas criadas por Elizabeth Gilbert em "Comer, Orar, Amar" são mais do que as respostas que o livro proporciona (afinal, cada um deverá encontrar as suas), mas são, sem dúvida, um excelente ponto de partida para um futuro mais leve e risonho.” – Carolina, diretora de comunicação.

 

“Brand Brilliance” de Fiona Humber

O António trabalha connosco desde o primeiro dia e as suas leituras são, essencialmente, técnicas. Gosta de saber mais, de aprender, de perceber como podemos melhorar o nosso processo de criação artesanal, como podemos oferecer produtos cada vez melhores. No entanto, nem todas as suas leituras passam por desenhos técnicos de sapatos ou malas. Às vezes, também se debruça sobre livros de gestão, branding ou sustentabilidade. “Brand Brilliance” é a sua escolha.

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Fotografia: www.elenawilken.com

“"Brand Brilliance" é um guia que, não prometendo o sucesso, nos ajuda a traçar o melhor caminho para o negócio que temos em mãos (uma marca, um serviço, um produto, um blogue ou qualquer outro). Apesar de ser, realmente, destinado a marcas, acredito que possa ser aplicado a qualquer projeto, independentemente de ter, ou não, uma vertente comercial.

Partilho convosco esta sugestão porque, mesmo não sendo muito recente, é um livro que se foca nos elementos de base. Através de muitas fotografias e títulos gordos, “Brand Brilliance” inclui muita informação pertinente, muitas dicas, muitos exemplos e casos de sucesso.” – António, diretor de produção.