06 Mar 2020
No Dia Internacional da Mulher, as 24 mulheres que inspiram a Josefinas todos os dias
Desde 1975 que o Dia Internacional da Mulher nos alerta para o caminho que ainda temos de percorrer.
No Dia Internacional da Mulher, as 24 mulheres que inspiram a Josefinas todos os dias

Hoje celebra-se o Dia Internacional da Mulher, uma data assinalada pelas Nações Unidas em 1975, que homenageia o contributo da mulher ao longo da História na luta pela igualdade de género.

Tudo começou a 8 de março de 1857, em Nova Iorque, quando um grupo de trabalhadoras da indústria têxtil organizou uma pequena marcha para exigir melhores condições de trabalho. Meio século depois, em 1908, o acontecimento repetiu-se, mas, desta vez, foram cerca de 15 mil mulheres que se juntaram num protesto massivo organizado, exigindo menos horas laborais, um melhor salário, o fim do trabalho infantil e o direito ao voto.

Para celebrar esta data que nos é tão especial, destacamos 24 mulheres que nos antecederam, que nos marcaram, que nos rodeiam e que nos inspiram diariamente.

Essas mulheres são atrizes, jornalistas, atletas, empresárias, cantoras, líderes políticas, comediantes, ícones da moda, ativistas mas, sobretudo, mulheres que usam a sua voz de forma corajosa e que lutam por uma cultura de igualdade entre homens e mulheres.
Feliz Dia Internacional da Mulher!

Audrey Hepburn

Somos fãs de Audrey Hepburn desde o início! Não só por ter sido um ícone da moda e do cinema nos anos 60, mas por tudo aquilo que conquistou e sonhou para si e para os outros.

Em criança, sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e, a partir de 1989, dedicou-se a várias causas da UNICEF, inspirando o caminho de futuras gerações.

Misty Copeland

Misty é um exemplo de mulher de força! Foi a primeira mulher negra a ser nomeada como bailarina principal do conceituado American Ballet Theatre, uma das companhias de bailado mais importantes do mundo.

Viveu uma infância difícil, educada por uma mãe solteira, e o seu talento só foi reconhecido aos 13 anos de idade. Hoje, Misty é um modelo a seguir e é a cara da luta pela diversidade racial e socioeconómica no mundo da dança.

Grace Kelly

Não podemos falar de elegância e sofisticação sem falarmos de Grace Kelly! A icónica e intemporal estrela de Hollywood dos anos 50, que depois se tornou princesa do Mónaco, foi vencedora de dois Óscares, três Globos de Ouro, dois BAFTA Awards, um Bambi, entre muitos outros prémios, pelas suas maravilhosas performances no cinema!

Apesar da trágica morte, aos 52 anos de idade, Grace continua a ser a 13ª mulher na lista das maiores estrelas do cinema clássico de Hollywood de todos os tempos.

Nina Simone

Nina Simone é um ícone da música norte-americana e uma das mais extraordinárias artistas do século XX. Desde o início da sua carreira musical, usou a sua voz como forma de ativismo, sempre segura e determinada. Lutou contra a injustiça social durante toda a sua vida, ainda que isso lhe trouxesse problemas para a sua carreira, numa época profundamente racista e conturbada nos EUA.

Nina Simone inspirou mulheres a amarem-se como são, independentemente da sua origem, do seu tom de pele, dos seus traços e das imposições sociais de beleza feminina.

Michelle Obama

Michelle Obama foi a primeira mulher afro-descendente a ocupar o cargo de primeira-dama dos Estados Unidos, mas representa, para as mulheres de todo o mundo, bem mais do que um cargo político.

Michelle é um símbolo de igualdade, de liberdade, de força, de esperança e de feminismo, que continua a fazer-nos acreditar no poder que cada uma de nós pode ter, à sua própria maneira.

Meghan Markle

Meghan Markle é uma mulher forte e moderna. De atriz de Hollywood de sucesso a Duquesa de Sussex, Meghan nunca deixou de se assumir como uma mulher confiante, de lutar pela igualdade de género e de defender os ideais feministas.

Apenas com 11 anos de idade, Meghan já mostrava bastante determinação e uma visão atenta do mundo. Após assistir a um anúncio televisivo da Procter and Gamble, a jovem Meghan escreveu uma carta a várias entidades a denunciar o sexismo na publicidade. Com este ato de coragem, conseguiu que o slogan fosse alterado.

Desde 2017, trabalha com a “Entidade para Igualdade de Género e Emancipação das Mulheres” das Nações Unidas e participa em várias ações de consciencialização dos direitos das mulheres.

Tyler Haney

Tyler Haney é uma mulher empreendedora do mundo digital e do mundo dos negócios.

Em 2014, com cerca de 25 anos e quando ainda era uma estudante universitária, propôs-se a criar uma marca de roupa desportiva que combinasse ser-se feminino e ser-se atlético, um conceito único até então. Foi assim que nasceu a Outdoor Voices, a marca de roupa desportiva que todas nós queremos usar, mesmo que não sejamos fãs do desporto.

Jessica Alba

Sophia Amoruso é uma empreendedora norte-americana que, aos 22 anos de idade, decidiu criar uma loja no eBay, onde vendia roupa vintage – a Nasty Gal. Este negócio foi nomeado como uma das empresas com o mais rápido crescimento de sempre, em 2012, e valeu-lhe títulos como America’s Richest Self-Made Women (A Mulher Self-Made Mais Rica dos Estados Unidos).

No entanto, nem tudo foram rosas para Sophia. Em 2016, dez anos após a sua fundação, a Nasty Gal declarava falência. Se a ascensão da Sophia é incrível, ainda mais extraordinária é a forma como se ergueu: após uma derrota, e de cabeça levantada, criou a Girl Boss em 2017, uma comunidade no feminino cuja missão é redefinir o sucesso das mulheres e incentivá-las no seu caminho pessoal e profissional.

Sophia Amoruso

Sophia Amoruso é uma empreendedora norte-americana que, aos 22 anos de idade, decidiu criar uma loja no eBay, onde vendia roupa vintage – a Nasty Gal. Este negócio foi nomeado como uma das empresas com o mais rápido crescimento de sempre, em 2012, e valeu-lhe títulos como America’s Richest Self-Made Women (A Mulher Self-Made Mais Rica dos Estados Unidos).

No entanto, nem tudo foram rosas para Sophia. Em 2016, dez anos após a sua fundação, a Nasty Gal declarava falência. Se a ascensão da Sophia é incrível, ainda mais extraordinária é a forma como se ergueu: após uma derrota, e de cabeça levantada, criou a Girl Boss em 2017, uma comunidade no feminino cuja missão é redefinir o sucesso das mulheres e incentivá-las no seu caminho pessoal e profissional.

Emily Weiss

Emily começou a sua jornada de empreendedora ainda estagiava na Vogue norte-americana, mas foi em setembro de 2010 que lançou o blog “Into The Gloss”, uma comunidade online onde escrevia sobre produtos e rotinas de beleza, na busca da conversação e troca de feedback com e entre os seus leitores. Quando o seu projeto passou a ter 10 milhões de visitas mensais e um grande reconhecimento externo, Emily abandonou o seu cargo na Vogue e passou a dedicar-se inteiramente ao seu negócio.

Em 2014, criou a marca de maquilhagem Glossier que, em pouco mais de cinco anos, se tornou numa das mais populares marcas de maquilhagem do mundo, obrigando a indústria a repensar-se e a readaptar-se.

Em 2019, Emily Weiss fez parte da TIME 100 Next, uma lista criada pela revista Time que destaca 100 estrelas em ascensão que estão a mudar o futuro dos negócios, do entretenimento, do desporto, da política, da ciência, da saúde e muito mais.

Whitney Wolfe

Whitney Wolfe é uma empresária norte-americana cheia de woman power!

Foi co-fundadora da aplicação Tinder, uma das apps de dating mais populares da atualidade, mas abandonou a empresa após ter sido assediada sexualmente. Cansada e saturada dos comentários ofensivos feitos por homens nestas aplicações, em 2014 Whitney fundou a Bumble com a missão de dar confiança às mulheres. Nesta aplicação, são sempre as mulheres que dão o primeiro passo - os homens não podem enviar a primeira mensagem; o poder reside nelas.

Em 2016, a Bumble foi vencedora do prémio Melhor App de Encontros e, no final de 2018, já somava mais de 47 milhões de utilizadores e uma receita anual de 175 milhões de dólares.

A aplicação tem também um fundo dedicado ao investimento em mulheres fundadoras. Serena Williams é uma das investidoras.

Serena Williams

Serena Williams é considerada uma das maiores tenistas de todos os tempos. Para além de todos os prémios arrecadados no desporto, Serena escreveu dois livros, já participou em vários episódios de séries televisivas e criou a Serena Williams Foundation, que promove o acesso à educação de qualidade para crianças cujas famílias foram vítimas de crimes violentos.

Tem sido porta-voz de diversas causas femininas, lutando contra o sexismo no desporto e contra o abuso financeiro, como uma forma de violência doméstica.

É embaixadora, desde 2017, da Fundação Purple Purse, que se dedica a quebrar o ciclo de violência doméstica através da autonomia financeira das mulheres.

Sheryl Sandberg

Sheryl é uma empresária norte-americana e Chefe Operacional do Facebook (a segunda posição na hierarquia da companhia), desde 2008, sendo a primeira mulher a ocupar uma das posições mais poderosas do ciberespaço.

Em 2012, foi eleita pela revista Time como uma das 100 pessoas mais poderosas do mundo e como a 10ª mulher mais poderosa do mundo pela Forbes.

Sheryl Sandberg é também autora do livro Lean In, publicado em 2013, que se debruça sobre o valor e a força das mulheres no mundo empresarial em particular e na liderança em geral.

Eleanor Roosevelt

Eleanor Roosevelt foi primeira-dama dos EUA durante 12 anos. Casada com o presidente Franklin Delano Roosevelt, foi a mais falada das primeiras-damas durante muito tempo, por ter revolucionado a Casa Branca.

Sempre se recusou a ter um papel passivo ao lado do presidente, seu marido, e deu o corpo e a voz pelas causas em que acreditava. Foi a primeira vez que a América e o Mundo assistiram a uma mulher a participar ativamente na política americana.

Lutou pelos direitos humanos, pelos direitos das crianças e das mulheres, falando abertamente sobre estes temas aos meios de comunicação social da época. Trabalhou na Liga das Mulheres Votantes e, após a morte do seu marido, retirou-se da vida pública mas continuou a exercer funções como Presidente da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Ficou para a História como uma grande humanista, que dedicou a sua vida a tentar construir uma sociedade mais justa!

Gloria Steinem

Gloria Steinem é uma mulher mundialmente adorada enquanto escritora, jornalista e ativista. Considerada a “Mãe do Feminismo”, é uma fonte de inspiração para todas as mulheres, graças à sua luta incessante pela igualdade de direitos, que leva a cabo desde os anos 1960.

Ao longo da sua vida, denunciou vários casos de sexismo e criou a revista feminista Ms. Magazine, no início da década de 70, uma revista que moldou o feminismo dos dias de hoje, ao ser um meio de inspiração para a mudança.

Com 85 anos, apoia o movimento Time's Up e faz parte de vários protestos contra a gestão Trump.

Indira Ghandi

Indira Gandhi foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Índia, onde interveio em decisões militares na guerra entre a Índia e o Paquistão em 1971.

Numa sociedade indiana bastante patriarcal, mostrou ser uma líder com uma grande ambição política e provou que as mulheres são capazes de liderar frentes de combate, sendo um marco na história feminista.

Durante os 18 anos em que governou a Índia, usou o slogan “Abolish Poverty” e promoveu várias campanhas para erradicar a corrupção e a miséria extremas vividas na Índia naquela altura.

Morreu assassinada aos 67 anos, por dois guardas que faziam parte da sua segurança pessoal.

Rosa Parks

Rosa Parks foi a mulher que desafiou a sociedade norte-americana da década de 1950, profundamente racista, recusando-se a ceder o seu lugar de autocarro por causa da cor da sua pele.

Tornou-se, por isso, um símbolo do poder feminino e da luta contra o racismo e, mais tarde, desencadeou os protestos liderados por Martin Luther King Jr, que puseram fim à segregação racial nos Estados Unidos.

Em 1987, fundou o Rosa and Raymond Parks Institute for Self-Development, dedicado ao desenvolvimento dos jovens de Detroit. Em 1992, publicou a sua autobiografia com o título “Rosa Parks: My Story”, apesar das grandes dificuldades financeiras com que vivia.

Em 1999, recebeu a Medalha de Ouro do Congresso Americano, a maior honra que os EUA concedem a um civil, pelas mãos do então presidente Bill Clinton.

Ellen DeGeneres

Ellen é um dos rostos mais carismáticos da televisão americana e uma das personalidades femininas mais influentes dos Estados Unidos.

Utiliza frequentemente a sua voz e o seu humor para falar abertamente de temas como a igualdade de género, a discriminação racial e dos direitos LGBTQ+.

Em 1997, foi considerada a “mulher do ano” pela revista Time.

Chiara Ferragni

Chiara é considerada uma das bloggers, empresárias e it girls mais influentes do mundo. Tem mais de 18 milhões de seguidores no Instagram e fundou, em 2009, o The Blond Salad, um blog de moda que se tornou num verdadeiro negócio mundial.

Atualmente, tem também a sua própria marca de roupa, calçado e acessórios – a The Chiara Ferragni Collection. O seu sucesso deve-se a uma estratégia e a um modelo de negócio tão cuidadosamente pensados, que se tornaram num caso de estudo em Harvard.

Assume-se como feminista e defende que as mulheres devem lutar pelo direito de serem o que quiserem, que devem ser sempre as CEO’s da sua própria vida.

Emma Watson

Emma é atriz, modelo e ativista pela liberdade e igualdade de géneros.

Desde 2014, é Embaixadora da ONU Mulheres e promove o movimento HeForShe, que funciona como um convite para “uma metade da Humanidade apoiar a outra metade, para o benefício de todos”. É uma das iniciativas mais poderosas lançadas até ao momento e defende que a luta pela igualdade de género não deve ser apenas das mulheres.

Em setembro de 2014, na apresentação do projeto na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, Emma Watson deu a voz a um discurso forte, energético e emotivo que fez parar o mundo e que se tornou viral.

Malala Yousafzai

Malala é uma ativista paquistanesa e foi a pessoa mais nova do mundo a receber um prémio Nobel da Paz, aos 17 anos, pela sua luta pela educação de jovens mulheres no Paquistão.

Com 11 anos, fez o seu primeiro discurso de revolta num clube de imprensa local no Paquistão. As suas palavras correram o país e o mundo e Malala passou a ser reconhecida pelo seu ativismo. Com a atenção mediática que passou a receber, foi nomeada para prémios nacionais e internacionais e, num dia em que se dirigia para a escola de autocarro, foi atacada na cabeça por um talibã que quase lhe roubou a vida.

Feminista e muçulmana, ficou conhecida pela célebre frase “Uma criança, um professor e uma caneta podem mudar o mundo”, que proferiu durante um discurso nas Nações Unidas em 2013, com apenas 16 anos.

Hoje, Malala estuda filosofia, economia e política na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e dedica-se a contar histórias de jovens forçadas a abandonar o seu país que conhece em visitas a vários campos de refugiados, do sudeste da Ásia até à América Latina.

Emma Stone

Emma Stone é uma atriz de sucesso norte-americana e vencedora de vários prémios de Melhor Atriz, tais como um Oscar, um Globo de Ouro e um BAFTA.

Emma luta pelas questões de género e assume que a desigualdade salarial entre homens e mulheres de Hollywood, ainda é uma forte realidade.

Na 75ª Cerimónia dos Globos de Ouro, em 2018, Emma apareceu na red carpet vestida de preto e acompanhada por Billie Jean King, a lenda feminina do ténis dos anos 1970, que luta até hoje por uma maior representação feminina no desporto.

Emma é também uma das caras do protesto #MeToo contra o produtor Harvey Weinstein, acusado por assédio sexual.

Eu

Porque cada uma de nós tem o seu próprio superpoder, hoje é um dia para nos celebrarmos a nós mesmas, para valorizarmos a nossa força e as nossas conquistas!

Ela

Para além destas 22 mulheres e de cada uma de nós, há mais uma de quem não nos podemos esquecer: Ela.

Ela é nossa amiga, familiar, colega de trabalho e líder do seu próprio caminho.

Ela é a mulher que se cruza consigo diariamente na rua. Ela é a mulher que lhe serve o café todas as manhãs. Ela é a CEO daquela empresa multinacional. Ela é a mulher que escolheu ser mãe a full-time. Ela é a mulher que decidiu não ter filhos. Ela é a mulher que não gosta de usar maquilhagem. Ela é a mulher que não sai de casa sem se arranjar. Ela é a mulher que anda de rasos todos os dias. Ela é a mulher que não dispensa uns saltos altos.

Ela representa todas as mulheres que nos rodeiam e que, cada uma à sua maneira, nos inspiram a continuar a lutar e a pavimentar o caminho da igualdade!

#ProudToBeAWoman