01 Sep 2020
Clube de Leitura da Josefinas: “A Bailarina de Auschwitz”
Vivemos o século XXI de uma Europa relativamente sossegada, mas preocupam-nos – a todos quanto estão atentos! – os crescimentos acelerados dos movimentos nacionalistas em todo o mundo.
Clube de Leitura da Josefinas A Bailarina de Auschwitz

Fotografia: @sissireads (via Instagram)

A “Bailarina de Auschwitz” vem relembrar-nos que a história já foi marcada pelo racismo, pela guerra, pela dor e pela perda, recorda-nos que, apesar de tudo, temos sorte e ainda podemos alterar a nossa realidade. A nossa primeira sugestão de setembro vem abanar-nos e dizer-nos que nem tudo são rosas. “A Bailarina de Auschwitz” é um livro de Edith Eger, que bem podia ser só a transcrição de uma conversa. Cru e cruel, mas muito motivador, o livro narra a história da autora antes, durante e depois do seu período no campo de concentração de Auschwitz.

 

Fotografia: @prisionera_de_libros (via Instagram)

 

Chegou com 16 anos e foi uma das poucas pessoas que conseguiu escapar com vida a um dos mais negros acontecimentos de toda a história da Humanidade. Mas o seu relato vai além do clássico “livro de memórias” e traz uma mensagem importante que queremos partilhar convosco.

“A Bailarina de Auschwitz” tinha tudo para ser um livro sombrio: uma história triste, uma juventude marcada pela violência, e o cenário de um mundo em guerra. Felizmente, não é esse o caso. É um testemunho de perseverança, determinação e força.

À medida que somos sacudidos pela horripilante realidade dos factos narrados aprendemos a relativizar os problemas do nosso quotidiano. Somos forçados a encarar a vida com outros olhos. Vamos buscar garra e valores de união, onde podíamos deixar a mágoa reinar.

Edith foi retirada de uma pilha de corpos aquando da sua libertação de Auschwitz, e depois de todo o trauma e dor que experienciou tornou-se psicóloga e soube encarar a vida com uma força de louvar.

 

Fotografia: @leiturasdeumarosa (via Instagram)

 

Parece-nos mais do que pertinente incentivar a leitura deste livro tão inspirador. Para levarmos connosco uma mensagem de esperança e união, para aprendermos – finalmente! – a viver em sociedade, respeitando as diferenças que nos tornam únicos.

Ainda hoje, quase um século depois, é a informação o nosso maior trunfo.

 

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